Mais de 20 mortos e 52 desaparecidos devido às chuvas na Venezuela
Pelo menos 22 pessoas morreram, entre os quais dois portugueses, e 52 continuam desaparecidas na sequência das fortes chuvas que atingiram a cidade de Tejerías, na zona central da Venezuela, confirmou hoje a vice-presidente, Delcy Rodríguez.
“Cinco riachos transbordaram e estamos a ver danos muito significativos aqui. Perdas humanas, até agora, já encontramos 22 mortos, há mais 52 desaparecidos”, adiantou Delcy Rodríguez, citada pela agência France-Presse.
De acordo com a vice-presidente, as chuvas provocaram “um grande deslizamento de terra” que fez transbordar várias linhas de água, causando “perdas humanas” e elevados danos materiais.
Delcy Rodríguez adiantou ainda que, por ordem do Presidente Nicolás Maduro, a cidade de Tejerías foi considerada “zona de tragédia” e foram decretados três dias de luto.
Segundo disse, as agências de segurança, assim como as Forças Armadas, estão posicionadas no local do desastre para avançar as operações de busca dos desaparecidos e de outras pessoas que permanecem por resgatar.
“Estamos tentando resgatar aqueles que podemos resgatar e apresentamos as nossas condolências a todas as pessoas que perderam um ente querido”, acrescentou Delcy Rodríguez.
O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou hoje o empenhamento máximo de todas as agências de segurança e proteção civil para apoiar os cidadãos da zona atingida pela chuva torrencial.
“Perante a difícil e dolorosa situação causada pelas fortes chuvas em Las Tejerías, ordenei à vice-presidente, Delcy Rodríguez, ao gabinete social e a todos os órgãos de segurança, o máximo desdobramento para o atendimento integral das pessoas”, disse o Nicolás Maduro na rede social Twitter.
Fontes consulares avançaram hoje à agência Lusa que dois portugueses, um homem e uma mulher, morreram em Las Tejerias, 70 quilómetros a sudoeste de Caracas, devido às chuvas torrenciais que nas últimas horas afetaram o estado venezuelano de Arágua.
O cônsul honorário de Portugal em Los Teques, Pedro Gonçalves, especificou que dois comerciantes portugueses foram arrastados pela torrente de água e de lama.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou condolências às famílias e amigos dos dois portugueses.
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